Contabilidade Gerencial – Tudo que você precisa saber

Contabilidade Gerencial – Tudo que você precisa saber

Toda e qualquer tipo de empresa, com ou sem fins lucrativos, obrigatoriamente depende da Contabilidade Gerencial para tomar decisões que levem o negócio ao sucesso.

Não investir nessa ferramenta da contabilidade é um erro gigante, que coloca em risco o futuro das empresas. Neste artigo será detalhado o que é a Contabilidade Gerencial e como ela é importante, explicaremos sobre seus inúmeros benefícios e os prejuízos que sua ausência traz para os negócios.

Quer saber como gerenciar sua empresa de forma saudável, evitar prejuízos que muitas vezes podem ser irreparáveis? Continue a leitura e obtenha as respostas.

O que é a Contabilidade Gerencial

A Contabilidade Gerencial é uma importante ferramenta de gestão que controla os fatos financeiros e econômicos.

Ela estrutura os dados e ajuda a evidenciar os resultados reais e a situação patrimonial da empresa para que os gestores possam analisar e tomar decisões baseadas em dados.

De forma analítica sua utilização traz enfoque para a área financeira, custos e balanços.

Quais os benefícios para o seu negócio

Todo empresário, para tomar decisões saudáveis para o seu negócio, precisa de duas coisas indispensáveis: “controle” e “informações”. Como disse William Thomson: “Aquilo que não se pode medir, não se pode melhorar”.

A contabilidade é a linguagem dos negócios, que permite a medição dos resultados econômicos, o que está muito além do simples cumprimento de obrigações fiscais e tributárias.

Os benefícios da Contabilidade Gerencial para o negócio são inúmeros:

  1. Evidenciar com precisão os resultados, ou seja, a Margem Líquida dos negócios e o empresário pode saber qual é o retorno e em quanto tempo terá retorno dos seus investimentos (ROI).
  2. Mensurar o Ponto de Equilíbrio das operações da empresa, identificando em que momento a empresa começa a gerar lucros.
  3. Através dos Balanços, identificar quais são os Índices de Liquidez para avaliar a capacidade de pagamento sobre seus passivos.
  4. Grau de endividamento e como ele está composto.
  5. Composição das origens da Estrutura de Capital da empresa, se está concentrado em Capital Próprio ou em Capital de Terceiros.
  6. Identificar a Rentabilidade dos Ativos, ou seja, do Patrimônio existente, qual é o retorno que o resultado econômico é proporcionado, medindo a eficiência dos seus ativos.
  7. Através do Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultados, é possível identificar o Ciclo Operacional Financeiro, revelando a saúde financeira das operações da empresa, com os seguintes indicadores: Prazo Médio da Renovação dos Estoques, Prazo Médio do Recebimento das Vendas e o Prazo Médio do Pagamento das Compras. Com esses dados saberá se as operações se pagam ou são financiadas por terceiros.
  8. No Balanço Patrimonial pode identificar qual é a necessidade de capital de giro nas operações, reclassificando as contas do ativo circulante em operacional e não operacional. Para conhecer mais sobre NCG – Necessidade de Capital de Giro, será tratado em outro artigo com detalhes.
  9. Custos da Produção, Lucratividade por produto, sabendo qual é o produto ou serviço mais lucrativo.
  10. Formação de Preço de Vendas suficiente para a geração de lucros e baixos suficiente para ser aceito pelo mercado.

Há uma infinidade de informações trazidas pela Contabilidade Gerencial, necessárias para a gestão da empresa.

Como saber se sua empresa precisa da contabilidade gerencial

Listamos abaixo algumas situações que demonstram claramente que a sua empresa precisa da Contabilidade Gerencial, tais como:

  • Prejuízos Econômicos, devendo com máxima urgência adotar estratégias para maximizar o ganho.
  • Capacidade de pagamento dos seus passivos estar comprometido, tornando um passivo a descoberto.
  • Ciclo Operacional Financeiro deficiente, comprometido, onde a empresa não consegue recorrer a fontes de financiamento devido a saúde financeira da empresa estar comprometida.
  • Restrições ao mercado financeiro, não permitindo recorrer ao mercado financeiro, tomar capital de giro e outros financiamentos e investimentos.
  • Falta de Gestão dos Custos e dos preços, permitindo um Alto Ponto de Equilíbrio, comprometendo a Lucratividade da empresa.
  • Falta de controle, que possibilitam a perda, desvios financeiros, furtos e saídas de caixa mal-intencionadas, comprometendo a continuidade da empresa, ou seja, podendo chegar a sua falência.
  • Perdas dos estoques.
  • Relação com fornecedores inidôneos, trazendo prejuízos e sanções fiscais.
  • Conflito entre sócios, devido aos problemas financeiros trazidos pela má gestão.
  • Demissão dos funcionários pela incapacidade dos pagamentos.
  • Inadimplência dos salários, impostos e fornecedores.
  • Falta de manutenção dos ativos da empresa pela falta de recurso financeiro.
  • Incapacidade de participação dos processos de licitações pela incapacidade de documentação e legalização do negócio.
  • Suspensão do fornecimento de matéria prima e principais prestadores de serviços importantes para o negócio.
  • Irregularidades na contabilidade e entregas de obrigações principais e acessórias ao fisco.
  • Cassação das inscrições nos entes federativos, tais como: Cadastro no CNPJ, Inscrição Estadual, Alvará de Funcionamento, Licença da Vigilância Sanitária, CETESB e etc.
  • Falência do Negócio.

Os eventos citados acima, são resultados e consequências da falta da Contabilidade Gerencial na empresa e em alguns casos pode se tornar impossível ou inviável salvar o negócio.

O cenário econômico não tem espaço para empresas com esse tipo de falhas, que demonstram desiquilíbrio e falta de controle. Nessas condições é impossível se manter no mercado, cada vez mais competitivo.

Para o sucesso empresarial será necessária uma boa gestão e tomadas de decisões assertivas, por isso, é necessário investir na Contabilidade Gerencial para identificar as falhas e corrigi-las há tempo!

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Como estabelecer ou Melhorar os Controles Internos

Como estabelecer ou Melhorar os Controles Internos

A eficiência do processo de Gestão depende de bons Controles Internos. Diariamente os Controles devem estar atualizados, sabendo que os Controles não consistem apenas em Planilhas ou Sistemas de Controle Financeiro, Estoque, Contábil, Custos, Folha de pagamento etc.

A grande pergunta nesse caso é, qual é a rota a ser seguida para se estabelecer um bom Controle? Estabelecer segurança suficiente nas informações para tomadas de decisões assertivas e/ou com o menor número de erros possíveis, pois sabemos que os erros/falhas com as decisões são propicias com a alta complexidade de gestão nas organizações.

Baseado nos quesitos citados, será necessário discorrer um pouco sobre elementos importantes para estabelecer o processo de Controles Internos.

Elementos importantes para o Controle Interno

Alguns procedimentos, documentos padronizados, planilhas, sistema de gestão, desenvolver nova postura organizacional, muitas mudanças são necessárias para responder as questões dos Controles internos.

Fazendo um check-list, para resumidamente discutir os passos para o controle interno:

  • Planejamento Estratégico;
  • Regulamento Interno;
  • Procedimentos de Trabalho;
  • Documentos/Formulários padronizados;
  • Normas Legais Tributárias;
  • Normas Legais Contábeis;
  • Normas Legais Trabalhistas
  • Outras Normas pertinentes;

O Check-list acima deve estar sincronizado para que o processo de comunicação interna seja eficaz.

Evidentemente que os controles abrangem: Receitas, Custos e Despesas, Fluxo de Caixa e/ou Bancos, Contas a Pagar, Contas a Receber, Ativos Permanentes etc.

Peças Contábeis para Tomadas de Decisões

Os Demonstrativos Contábeis são fundamentais para medir os resultados de todo o trabalho de gestão da empresa, revelam a situação do patrimônio e o Resultado Econômico, permitindo realizar leituras para tomada de decisões.

Para se determinar a saúde empresarial, deverá realizar medições de resultados a evolução do patrimônio periodicamente, por exemplo, medir a evolução da Liquidez, Rentabilidade, Estrutura de Capital, Ponto de Equilíbrio, Margem de Contribuição, Ciclo Financeiro (PMRV, PMRE e PMPC), entre outros.

Blindar o Patrimônio

Através dos Controles Internos é possível blindar o Patrimônio e sua segurança.

Sem o Controle Interno o risco da existência de ralos financeiros é muito grande, permitindo prejuízos até mesmo a falência do negócio.

O mercado está cada vez mais competitivos de tal forma que os riscos citados podem ser fatais para a sobrevivência da empresa.

Com as estratégias do Controle Interno, será determinado o que permite e o que não permite dentro da Organização, sobrando espaço apenas para o crescimento, desenvolvimento do negócio.

Ações Necessárias com o Controle Interno

Todos os resultados da Gestão, os Controles, Tomadas de Decisões, devem ser “medidos”, ressaltando que Willians Edwards Deming preceitua “O que não é medido, não é gerenciado”

A principal finalidade da Gestão é a tomada de decisão, e para isso a necessidade em estabelecer, implantar os Controles Internos.

Sem Controle não há Planejamento, sem Planejamento, não há previsão do futuro desejado e dessa forma fica cada vez mais difícil a assertividade das decisões.

A gestão dos negócios está cada vez mais complexa, com a evolução da tecnologia que por sua vez acelera os negócios permitindo grande competitividade.

Com o tema apresentado neste artigo, fica evidente a necessidade da otimização do processo de Gestão e Controles cada vez mais eficazes e capazes de amparar o Gestor no seu dia a dia.

O que determina o ganho de uma empresa, é sua capacidade em tomar decisões assertivas.

Por que medir a Evolução Econômica e Financeira da Empresa?

Por que medir a Evolução Econômica e Financeira da Empresa?

No atual cenário econômico, são diversas e complexas tomadas de decisões quando a Margem Liquida da empresa está comprometida pela evolução das necessidades dos custos e despesas operacionais, para financiar as Receitas, ou seja, para se gerar Receitas são necessários as despesas e custos.

O que perpetua uma empresa é o Lucro, desde que totalmente integralizado no Caixa da entidade, assim, cada vez mais necessário a Gestão do Fluxo de Caixa, dos Custos, entre outros itens importantes na Contabilidade.

Estudos do SEBRAE identificam que 42% das empresas alcançam a morte em até 5 anos, por problemas de Gestão Financeira e Administração dos negócios.

Para não participar deste índice, há uma necessidade urgente em adotar ferramentas gerenciais para monitorar o Capital de Giro e tomar decisões rumo a rentabilidade, garantindo a continuidade da entidade, assim perpetuada pela lucratividade.

Análise das demonstrações contábeis

A contabilidade oferece informações muito importantes e relevantes para a administração dos negócios, através das demonstrações contábeis, dados financeiros e econômicos estruturados e periódicos, permitindo leituras para tomadas de decisões.

Transformando dados em informações: indicadores

Para facilitar a leitura e compreensão das informações contábeis, existem indicadores, ou seja, fórmulas para transformar dados em informações, por exemplo:

  1. Índices de Liquidez;
  2. Índices de Rentabilidade;
  3. Estrutura de Capital (Endividamento)

O Auto MARION; José Carlos, cita em suas obras que este é o tripé da Análise das Demonstrações Contábeis, tratando de matérias acadêmicas é o tema base, para os iniciantes em Análise das Demonstrações Contabeis.

Índices de liquidez

Índice de Liquidez Corrente (ILC)

Mostra a capacidade de pagamento da empresa em curto prazo comparando o Ativo Circulante com o Passivo Circulante, ou seja, para cada R$ 1,00 de dívida quanto possui disponível para quitar os compromissos, sendo demonstrado através da seguinte fórmula:

ILC: Ativo Circulante/Passivo Circulante

Índice de Liquidez Seca (ILS)

A Liquidez Seca mede a capacidade de pagamento sem considerar os estoques, é como se a empresa passasse por uma paralisação de suas atividades, ela deve considerar apenas as suas disponibilidades e contas a receber, para cada R$ 1,00 de dívida quanto possui disponível para quitar os compromissos, podendo ser expressa na seguinte formula:

ILS: (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante

Índice de Liquidez Geral (ILG)

O índice de Liquidez Geral demonstra a capacidade de pagamento da empresa em longo prazo, confrontando o Ativo Total contra o Passivo Total e identifica se todos os bens e direitos que a empresa possui são suficientes para pagar todo o seu passivo para cada R$ 1,00 de dívida quanto possui disponível para quitar os compromissos em longo prazo, podendo ser demonstrada na seguinte formula:

ILG: (Ativo Circulante + Ativo Não-Circulante) / (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante)

Índice de Liquidez Imediata (ILI)

O índice de Liquidez Imediata demonstra a capacidade de pagamento em curto prazo, considerando apenas as disponibilidades contra o Passivo Circulante, sendo demonstrada da seguinte forma:

ILI: Disponibilidades / Passivo Circulante

Índices de rentabilidade

Retorno sobre Investimentos (ROI)

Uma forma de identificar o retorno de um investimento realizado é a Análise de Rentabilidade, ou seja, qual é o percentual de retorno investido, nesse caso trata-se do retorno que o Ativo da empresa pode trazer, sendo estudado o Lucro versus Ativo, podendo ser representado pela fórmula ROI – Retorno sobre Investimento:

ROI: Lucro / Ativo Total

Retorno sobre o Capital Investido (ROE)

Ainda há o retorno sobre o investimento feito pelos sócios, ou seja, o patrimônio Líquido, pois os sócios desejam saber qual retorno recebem pelo capital investido na empresa, sendo representado pela fórmula ROE – Retorno sobre o Capital Investido:

ROE: Lucro / Patrimônio Líquido

Composição do endividamento

A composição do endividamento (CE) apresenta o quanto a empresa deve a curto prazo perante o seu passivo total, quanto menor melhor, pois se a empresa concentrar suas dívidas a curto prazo, necessitará de maior liquidez para não ter problemas no seu fluxo de caixa, a composição do endividamento é demonstrada na seguinte formula:

CE: Passivo Circulante / Exigível Total

Obviamente aplicando as ferramentas sugeridas nesse artigo o decisor das finanças terá muito menos erros. Cabe ressaltar que existem outros indicadores importantes para avaliação da situação financeira que oportunamente se tratado em outro artigo.

Claramente que, com a aplicação desses indicares significa que a empresa possui controle das suas finanças, evitando prejuízos financeiros que muitas vezes a empresa não consegue identificar com a falta de controle.

Com a implementação da Gestão Financeira, sócios, acionistas entre outros interessados terão seu nível de satisfação elevado com a rentabilidade e geração do fluxo de caixa da empresa, gerando cada vez riqueza para a sociedade.