No atual cenário econômico, são diversas e complexas tomadas de decisões quando a Margem Liquida da empresa está comprometida pela evolução das necessidades dos custos e despesas operacionais, para financiar as Receitas, ou seja, para se gerar Receitas são necessários as despesas e custos.
O que perpetua uma empresa é o Lucro, desde que totalmente integralizado no Caixa da entidade, assim, cada vez mais necessário a Gestão do Fluxo de Caixa, dos Custos, entre outros itens importantes na Contabilidade.
Estudos do SEBRAE identificam que 42% das empresas alcançam a morte em até 5 anos, por problemas de Gestão Financeira e Administração dos negócios.
Para não participar deste índice, há uma necessidade urgente em adotar ferramentas gerenciais para monitorar o Capital de Giro e tomar decisões rumo a rentabilidade, garantindo a continuidade da entidade, assim perpetuada pela lucratividade.
Análise das demonstrações contábeis
A contabilidade oferece informações muito importantes e relevantes para a administração dos negócios, através das demonstrações contábeis, dados financeiros e econômicos estruturados e periódicos, permitindo leituras para tomadas de decisões.
Transformando dados em informações: indicadores
Para facilitar a leitura e compreensão das informações contábeis, existem indicadores, ou seja, fórmulas para transformar dados em informações, por exemplo:
- Índices de Liquidez;
- Índices de Rentabilidade;
- Estrutura de Capital (Endividamento)
O Auto MARION; José Carlos, cita em suas obras que este é o tripé da Análise das Demonstrações Contábeis, tratando de matérias acadêmicas é o tema base, para os iniciantes em Análise das Demonstrações Contabeis.
Índices de liquidez
Índice de Liquidez Corrente (ILC)
Mostra a capacidade de pagamento da empresa em curto prazo comparando o Ativo Circulante com o Passivo Circulante, ou seja, para cada R$ 1,00 de dívida quanto possui disponível para quitar os compromissos, sendo demonstrado através da seguinte fórmula:
ILC: Ativo Circulante/Passivo Circulante
Índice de Liquidez Seca (ILS)
A Liquidez Seca mede a capacidade de pagamento sem considerar os estoques, é como se a empresa passasse por uma paralisação de suas atividades, ela deve considerar apenas as suas disponibilidades e contas a receber, para cada R$ 1,00 de dívida quanto possui disponível para quitar os compromissos, podendo ser expressa na seguinte formula:
ILS: (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante
Índice de Liquidez Geral (ILG)
O índice de Liquidez Geral demonstra a capacidade de pagamento da empresa em longo prazo, confrontando o Ativo Total contra o Passivo Total e identifica se todos os bens e direitos que a empresa possui são suficientes para pagar todo o seu passivo para cada R$ 1,00 de dívida quanto possui disponível para quitar os compromissos em longo prazo, podendo ser demonstrada na seguinte formula:
ILG: (Ativo Circulante + Ativo Não-Circulante) / (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante)
Índice de Liquidez Imediata (ILI)
O índice de Liquidez Imediata demonstra a capacidade de pagamento em curto prazo, considerando apenas as disponibilidades contra o Passivo Circulante, sendo demonstrada da seguinte forma:
ILI: Disponibilidades / Passivo Circulante
Índices de rentabilidade
Retorno sobre Investimentos (ROI)
Uma forma de identificar o retorno de um investimento realizado é a Análise de Rentabilidade, ou seja, qual é o percentual de retorno investido, nesse caso trata-se do retorno que o Ativo da empresa pode trazer, sendo estudado o Lucro versus Ativo, podendo ser representado pela fórmula ROI – Retorno sobre Investimento:
ROI: Lucro / Ativo Total
Retorno sobre o Capital Investido (ROE)
Ainda há o retorno sobre o investimento feito pelos sócios, ou seja, o patrimônio Líquido, pois os sócios desejam saber qual retorno recebem pelo capital investido na empresa, sendo representado pela fórmula ROE – Retorno sobre o Capital Investido:
ROE: Lucro / Patrimônio Líquido
Composição do endividamento
A composição do endividamento (CE) apresenta o quanto a empresa deve a curto prazo perante o seu passivo total, quanto menor melhor, pois se a empresa concentrar suas dívidas a curto prazo, necessitará de maior liquidez para não ter problemas no seu fluxo de caixa, a composição do endividamento é demonstrada na seguinte formula:
CE: Passivo Circulante / Exigível Total
Obviamente aplicando as ferramentas sugeridas nesse artigo o decisor das finanças terá muito menos erros. Cabe ressaltar que existem outros indicadores importantes para avaliação da situação financeira que oportunamente se tratado em outro artigo.
Claramente que, com a aplicação desses indicares significa que a empresa possui controle das suas finanças, evitando prejuízos financeiros que muitas vezes a empresa não consegue identificar com a falta de controle.
Com a implementação da Gestão Financeira, sócios, acionistas entre outros interessados terão seu nível de satisfação elevado com a rentabilidade e geração do fluxo de caixa da empresa, gerando cada vez riqueza para a sociedade.